Prisão perpétua poderá ser o desfecho do processo judicial em que estão envolvidos os quatro acusados do atentado da última sexta-feira, 22, em Moscovo, capital da Rússia, que provocou mais de 180 mortos. Dos quatro, três são casados e têm filhos. O último é um jovem de apenas 19 anos.

Saidakrami Murodali Rachabalizoda, Dalerdzhon Barotovich Mirzoyev, Shamsidin Fariduni e Muhammadsobir Fayzovforam, como foram identificados pelas autoridades russas, estão acusados de “terrorismo” e apareceram em tribunal com alguns ferimentos, como espelham as fotos divulgadas pelo Observador.

Na Rússia, os quatro suspeitos do atentado foram identificados como do Tajiquistão. Entretanto, o Presidente daquele país asiático, Emomali Rakhmon, disse ao homólogo russo, Vladimir Putin, que os terroristas não têm nacionalidade.

A audiência, ocorrida neste domingo, 24, determinou que os quatro acusados do ataque em Moscovo vão ficar em custódia até 22 de Maio próximo.

O atentado na sala de espectáculos Crocus City Hall, onde centenas de russos se juntaram para um concerto da banda rock Picnic, continua a ser investigado pelas autoridades do país. 

As forças de segurança russas detiveram, até ao momento, mais de 10 pessoas, mas apenas os quatro homens presentes em tribunal terão participado pessoalmente no atentado.

O ataque, considerado por Vladimir Putin, Presidente russo, como um “acto terrorista e bárbaro”, foi reivindicado na mesma sexta-feira, 22, pelo ISIS-K, uma célula do Estado Islâmico.

Até agora, segundo o Observador, nem Putin nem os investigadores russos mencionaram, entretanto, o Estado Islâmico no seu discurso sobre o ataque, com Kiev e vários dos seus aliados a acusar o país de tentar ligar a Ucrânia ao caso.