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Perfuração do primeiro poço de pesquisa de petróleo em 2024

Agostinho Rodrigues
19/2/2024
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Foto:
DR

A perfuração do primeiro poço de pesquisa poderá atenuar o declínio de produção de petróleo do país.

O investimento em pesquisa para o levantamento do potencial petrolífero na bacia do Namibe ronda os 2.310 milhões USD, dos quais 630 milhões USD (27%) são referentes à aquisição de dados e Estudos de Geologia e Geofísica e os demais 1.680 milhões USD (73%) para a perfuração do poço.

Segundo dados avançados pela Agência Nacional de Petróleo e Gás, ANPG, com a perfuração do primeiro poço de pesquisa de petróleo na Bacia do Namibe prevista para finais de 2024, o País poderá “colmatar” o declínio de produção de petróleo.

Em 2019 foram licitados dez (10) blocos, dos quais nove (9) localizados nas bacias do Namibe (Blocos 11, 12, 13, 27, 28, 29, 41, 42 e 43), resultando na atribuição de três concessões, mediante o referido processo de licitação, nomeadamente o Bloco 27 adjudicado à Sonangol P&P, o Bloco 28 à ENI e o Bloco 29 à Total Angola.

Entretanto, instado sobre o “Potencial Petrolífero da Bacia do Namibe Projectos em Curso, Investimento e Perspectivas”, o investigador da Universidade Católica de Angola José Oliveira, admite que, pelos trabalhos de pesquisa já feitos, haja uma real possiblidade petrolífera nas águas profundas naquela bacia.

Mas alerta, que, enquanto não se furar e descobrir petróleo ou gás, tudo o que se diga sobre o potencial desta bacia é meramente “especulativo”.

“No fim deste ano quando a Exxon acabar o primeiro furo de exploração já se pode ter uma ideia mais concreta”, afirma.

O analista da Petroangola, Vladimir Pereira, corrobora com o pensamento do investigador José Oliveira.  

“O facto destes blocos atraírem investimentos em pesquisa, de empresas como a Total Energies, Azule Energy, Exxon Mobil e a Sonangol, evidencia  um certo potencial petrolífero a desbloquear na Bacia do Namibe”, refere.

Fotografia - DR

Todavia, adverte que até ao momento nada ainda está provado, uma vez se tratar de uma bacia de fronteira, não explorada antes, o que aumenta os riscos e as incertezas sobre o seu real potencial petrolífero.

Leia o artigo completo na edição de Fevereiro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Drilling of the first oil exploration well in 2024

The drilling of the first exploration well could mitigate the country's oil production decline.

Investment in research to survey the oil potential in the Namibe basin is around 2.310 billion USD, of which 630 million USD (27%) are for data acquisition and Geological and Geophysical Studies and the remaining 1.680 billion USD (73%) for well drilling.

According to data provided by the National Oil and Gas Agency, ANPG, with the drilling of the first oil exploration well in the Namibe Basin scheduled for the end of 2024, the country may be able to "mitigate" the decline in oil production

In 2019, ten (10) blocks were tendered, of which nine (9) located in the Namibe basins (Blocks 11, 12, 13, 27, 28, 29, 41, 42 and 43), resulting in the award of three concessions, through the aforementioned tendering process, namely Block 27 awarded to Sonangol P&P, Block 28 to ENI and Block 29 to Total Angola.

When asked about the "Oil Potential of the Namibe Basin Current Projects, Investment and Prospects", researcher José Oliveira from the Catholic University of Angola suggested that there might be an oil system in the deep waters of the basin, based on the research conducted so far.

However, he cautioned that until oil or gas is drilled and discovered, any claims about the basin's potential remain speculative.

"We can have a more concrete idea when Exxon finishes the first exploration hole at the end of this year," he stated.

Petroangola analyst, Vladimir Pereira, agrees with José Oliveira's viewpoint.

“The fact that these blocks attract research investments, from companies like Total Energies, Azule Energy, Exxon Mobil and Sonangol, partly evidences some oil potential to be unlocked in the Namibe Basin,” he says.

Nonetheless, he warns that so far nothing has been proven, since it is a frontier basin, not explored before, which increases the risks and uncertainties about its real oil potential.

Read the full article in the February issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).