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Principais promessas políticas da campanha eleitoral 2022

Ladislau Neves Francisco
23/8/2022
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Foto:
DR

A faltarem menos de 48h para a realização das quintas Eleições em Angola, a E&M propôs um mergulho a algumas das principais promessas feitas pelos oito concorrentes ao pleito eleitoral de 2022.

Durante o périplo pelas províncias, a UNITA, encabeçada por Adalberto Costa Júnior prometeu muitas coisas, mas saltaram a vista a criação de um Governo Inclusivo e Participativo (GIP), um governo que pretende olhar além das cores partidárias e colocar as pessoas nos lugares certos em função da sua competência e nada mais além disso.

Da UNITA, na voz do seu líder Adalberto Costa Júnior ouvimos também a promessa de um salário mínimo de 150 mil kwanzas, evolutivos, de maneira a aumentar o poder de compra dos cidadãos.

Já o partido Aliança Patriótica Nacional (APN) liderado por Quintino Moreira, prometeu entre outras coisas que vai implementar políticas que conduzam ao fim das assimetrias regionais e das desigualdades. "Não pode haver províncias de primeira, províncias de segunda e províncias de terceira", sublinhou o líder político que foi mais longe, e prometeu mesmo que, se o seu partido vier a formar governo, “os angolanos serão ricos”, pois as muitas riquezas do país permitem.

Bela Malaquias, líder do Partido Humanista Angolano (PHA), prometeu entre outras coisas acabar com a fome e a pobreza em Angola. A única mulher a concorrer às presidenciais e que negou ser líder de um partido satélite do MPLA, prometeu ainda educação gratuita para todos.

A FNLA, que vem enfraquecida de vários anos de conflitos internos e de resultados de decrescentes pleitos após pleito, tem como principal promessa a aposta na transformação da agricultura nacional, numa agricultura industrial. O partido liderado por Nimi a Simbi promete ainda, que se vier a formar governo, vai optar por um Estado que presta especial atenção e respeito as autoridades tradicionais.

Já o recém-criado Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), liderado por Dinho Chingunji, promete essencialmente uma gestão transparente da riqueza do país, para que esta venha a beneficiar a todos os angolanos. O P-NJANGO prometeu ainda um Sistema Único de Saúde (SUS), através do qual, todos os angolanos vão receber tratamento médico digno aqui no país.

A CASA-CE, a única coligação a concorrer neste pleito eleitoral, prometeu entre outras coisas, que se vir a ser eleita para governar, vai garantir casas condignas para os angolanos e salários justos para todos os trabalhadores. Liderada por Manuel Fernandes, a CASA-CE prometeu ainda estabilidade económica.

O PRS aposta tudo numa Angola federal e promete entre outras coisas, acabar com o desemprego jovem, pois, na visão do seu presidente, Benedito Daniel não podem todos os jovens saírem das universidades e depois não serem competentes para passar nos concursos públicos e contribuírem para o desenvolvimento do país. O partido que tem fortes bases nas Lundas apontou ainda para a resolução das questões que, nas palavras do seu líder, já estavam mal quando lá tinham passado em 2017, mas que não foram resolvidas até agora.

O MPLA, liderado por João Lourenço, quase que se limitou em garantir a continuidade de uma série de projectos em andamento nas várias províncias por que passou.

É assim que João Lourenço que se comprometeu a deixar uma Angola melhor a que encontrou, prometeu em Malanje a construção de uma centralidade com 2.500 casas. No Uíge, entre outras promessas, garantiu uma aposta forte na criação de condições para a exportação de café, bem como, a construção de raiz de novas instalações para a Universidade Kimpa Vita, enquanto que no Bengo, garantiu a construção do hospital geral da província e a reabilitação do troço da Estrada Nacional 100 (EN100). Na província de Benguela, a maior promessa foi a garantia de investimento na ordem dos 301 milhões de dólares (128 mil milhões de kwanzas) para dar impulso à indústria pesqueira. Em Luanda, cidade que tem mais 10 milhões de habitantes, João Lourenço prometeu melhorar a mobilidade, saneamento básico, saúde, energia e Água.