Um consórcio constituído por três instituições bancárias disponibilizou 60,7 milhões de euros (cerca de 65,7 milhões de dólares) para a construção de uma central fotovoltaica em São Tomé e Príncipe, anunciou a Agência Fiduciária de Administração de Projectos (AFAP).
Hélio Almeida, director da AFAP, informou que o projecto é um financiamento do Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e Banco do Japão e permitirá ao país marcar passos em direcção à transição energética.
A central começa a ser construída em Março próximo e foi projectada para produzir 10 megawatts de energia.
O director da AFAPA explicou que a central vai ser construída num período de cinco anos e será implementada numa área de 20 hectares, na zona de Água Casada.
Hélio Almeida sublinhou que o projecto demonstra o "passo que o país precisa de dar rumo à sustentabilidade energética, com base, sobretudo, nas energias renováveis", para reduzir os custos anuais com a importação de combustíveis.
"A nossa necessidade em matéria de reservas cambiais para a importação de combustível ronda uma necessidade anual em torno de 30 milhões de dólares. É muito para o nosso contexto, é muito para a nossa realidade macroeconómica, é improdutiva", sublinhou o director da AFAP, citado pelo Jornal de Angola.
São Tomé e Príncipe, recorde-se, inaugurou, em 2022, a sua primeira central fotovoltaica.