3
1
PATROCINADO

Sinistralidade nas estradas longe de ser controlada

Cláudio Gomes
30/12/2023
1
2
Foto:
DR

A sinistralidade rodoviária continua a apresentar tendência galopante em Angola, tornando mais difícil a missão do Executivo de baixar para 50% as mortes por acidentes e atropelamentos.

Angola augura uma posição no ‘ranking’ dos 10 países com a menor taxa de sinistralidade rodoviária no continente e entre os cinco com baixa taxa de mortalidade da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Através do Plano Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária 2023- 2027, aprovado a 29 de Maio deste ano, o Executivo persegue a ardilosa missão de reduzir a sinistralidade rodoviária em pelo menos 50%, sobretudo as mortes nas estradas.

No entanto, enquanto se procura conjugar os esforços atinentes a envolver a sociedade civil no combate ao flagelo das estradas, o luto e outros danos “aceleram a fundo”, reforçando a hegemonia de a sinistralidade rodoviária ser a segunda causa de morte no país.

De Janeiro a Outubro de 2023, as estradas vitimaram em torno de 15 mil pessoas, das quais mais de 12 mil por colisões. Os registos de atropelamentos somaram pouco mais de três mil casos por travessia em locais impróprios, sendo que, desses, 600 peões perderam a vida.
Fotografia: DR

O retrovisor mostra que, entre 2022 e o primeiro semestre de 2023, Angola registou 4.433 mortos em acidentes rodoviários, sendo que o total de casos ultrapassa os 20.000.

Em um ano e meio, houve quase 4.500 mortos e mais de 24.000 feridos de um total de 20.000 acidentes de viação. Do grosso, Luanda mantém-se imbatível no leque das províncias que mais registram sinistros mortíferos, com mais 8,3% (1.712), Huíla (614), Benguela (549) e Huambo (528).

Se recuarmos até 2021, compreende-se que os automóveis e motociclos mataram mais de 2.600 pessoas, mantendo a sinistralidade rodoviária como a segunda causa de morte em Angola.

Ora, no ano em referência, Luanda, com 3.356 acidentes, 952 mortos e 3.302 feridos, liderou a lista, seguida da Huíla (1.240 acidentes, 185 mortos e 1.331 feridos), Benguela (1.098 acidentes, 287 mortos e 1.341 feridos), Huambo (1.037 acidentes, 241 mortos e 1.208 feridos), de acordo com dados apresentados à margem da I Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT).

Naquele ano, referem os dados oficiais, a degradação das vias rodoviárias, a falta de iluminação pública, a deficiente manutenção das viaturas e o não cumprimento das regras de trânsito contribuíram, significativamente, para as catástrofes nos asfaltos de toda Angola. De lá, saíram cadáveres e feridos com idades entre os 16 os 44 anos.

Leia o artigo completo na edição de Dezembro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

"Road accidents" far from being controlled

Road accidents in Angola continue to exhibit an alarming trend, posing challenges for the government in its efforts to reduce fatalities and pedestrian injuries on the country's roads by 50%.

Angola aims to rank among the top 10 countries with the lowest road accident rates on the continent, as well as among the five countries with low mortality rates in the Southern African Development Community (SADC).

To achieve this goal, the government has approved the National Road Prevention and Safety Plan 2023-2027 on May 29th of this year. The plan aims to reduce road accidents by at least 50%, with a particular focus on reducing fatalities on the road.

However, despite efforts to involve civil society in combating road accidents, the country continues to face the tragic consequences of these accidents. Road accidents remain the second leading cause of death in Angola, accelerating mourning and causing other damages.

Fotografia: DR
From January to October 2023, approximately 15,000 people became victims of road accidents, with over 12,000 of them being due to collisions. The records show that there were slightly over three thousand cases of improper pedestrian crossings, resulting in 600 pedestrian fatalities.

Looking back at the period between 2022 and the first half of 2023, Angola reported 4,433 deaths from road accidents, with the total number of cases exceeding 20,000.

Within a year and a half, there were nearly 4,500 deaths and over 24,000 injuries out of a total of 20,000 road accidents. Among the provinces, Luanda stands out with the highest number of fatal accidents at 8.3% (1,712), followed by Huíla with 614, Benguela with 549, and Huambo with 528 accidents.

Looking back at 2021, it is evident that cars and motorcycles were responsible for the deaths of over 2,600 people, making road accidents the second leading cause of death in the country.

During that year, official data revealed that the deterioration of roads, insufficient public lighting, inadequate vehicle maintenance, and failure to comply with traffic rules were major contributing factors to the accidents on Angola's roads. As a result, there were fatalities and injuries predominantly among individuals aged 16 to 44.

Read the full article in the December issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).