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UA escolhe Egipto para albergar sede da agência espacial de África

Sebastião Garricha
10/4/2024
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Foto:
DR

De acordo com Mohammed Belhocine, comissário da União Africana, o projecto da agência espacial está 90% concluído. Aliás, sublinhou que as obras deverão começar dentro de alguns meses.

A capital do Egipto, Cairo, foi seleccionada para albergar a Agência Espacial Africana, que está a ser desenvolvida de acordo com a política espacial da União Africana (UA). 

A decisão foi divulgada por Mohammed Belhocine, actual comissário da UA para a Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, durante entrevista cedida à Xinhua. 

"A política espacial da UA exige a criação de uma agência espacial africana. Tomamos medidas durante o ano passado e este para garantir a criação desta agência. Os Estados-membros discutiram e decidiram que ela terá sede no Cairo, Egipto", afirmou.

A propósito, o CEO da Agência Espacial Nacional Sul-Africana, Humbulani Mudau, sublinhou, também, a possibilidade de as políticas espaciais contribuírem para a redução da pobreza no continente.

Obras começam dentro de meses

De acordo com  Mohammed Belhocine, o projecto da agência espacial está 90% concluído. Aliás, sublinhou que as obras deverão começar dentro de alguns meses.

“Ainda não estamos totalmente estabelecidos, mas os progressos estão a ser feitos rapidamente. Levará alguns meses para sermos oficialmente estabelecidos, com algumas tarefas de recrutamento ainda a serem concluídas”, afirmou.

O comissário acredita, também, que um número significativo de nações africanas está intrigado com a exploração espacial e que o trabalho da agência deverá aumentar o interesse neste mercado.

Space in Africa prevê encaixe de 22 bilhões de dólares a partir de 2026

A economia espacial africana encaixou, em 2021, cerca de 19 biliões de dólares. Entretanto, Space In Africa prevê que, a partir de 2026, a renda pode subir para 22 bilhões de dólares.

De acordo com Temidayo Oniosun, especialista que dirige o Space In Africa, o encaixe de 19 bilhões de dólares resulta do desempenho de diversas indústrias e segmentos como os sistemas de navegação global, televisões de satélite, serviços de satélite fixos, móvel e manufacturado, serviços de sensação e observação da terra, bem como segmentos de grama.

A este respeito, sublinhou que os serviços de navegação global e de satélite, que rendem mais de 11 biliões de dólares, são os maiores contribuintes deste mercado. 

Temidayo Oniosun revelou que as projecções do mercado espacial apontam para um crescimento de até 13 milhões de dólares em 2026. Além disso, sublinhou que o mercado de sensação e observação da terra da África deverá aumentar a sua renda, a partir de 2026, para mais de 180 milhões de dólares.