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70% da população adulta considera fácil iniciar um negócio em Angola

Domingos Amaro
3/6/2022
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Foto:
Carlos Aguiar

A intenção de iniciar um negócio continua a ser mais elevada entre a população angolana do que me qualquer outra dos países analisados pelo GEM 2020/Global Report.

Cerca de 70% da população adulta angolana, entrevistada entre o período 2020/2021, considera fácil iniciar um negócio no país, colocando Angola na mesma proporção que as economias de rendimento alto, como o Reino Unido, EUA, Omã e Emirados Árabes Unidos, de acordo com o mais recente relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

O estudo com um total de 82 páginas, que resulta de uma parceria entre três organizações, nomeadamente a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), o Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC-UCAN) e o Banco de Fomento Angola (BFA), foi apresentado esta quinta-feira (02), em Luanda, com a finalidade de divulgar a evolução e o comportamento do ecossistema de empreendedorismo de Angola, nos dois últimos anos.

Segundo o gestor da SPI, Sérgio Ferreira Alves, que fez a apresentação do relatório,  referiu que uma das várias conclusões é que a intenção de ser dar início a um negócio continua a ser mais elevada entre a população angolana do que em qualquer outra dos países analisados pelo Relatório. A população angolana prioriza duas motivações para iniciar um negócio, nomeadamente “ganhar a vida porque a oferta de emprego é escassa” e “fazer a diferença no mundo”.

A actividade empreendedora na faixa etária mais jovem (18-24 anos) tem registado o maior crescimento, sendo que foi a faixa etária com menor taxa de actividade em 2014 (15%) e quase a maior em 2020 (54%), com a diferença de apenas um ponto percentual, relativamente à faixa etária dos 25-34 anos (55%).

Na ocasião, o Presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Roberto Gonçalves, regozijou-se com a iniciativa que marca a 8ª edição do GEM em Angola, considerando ser um dos estudos mais relevantes da avaliação da actividade empreendedora em Angola e do resto do mundo. “Este estudo tem efectivamente uma relevância enorme e, por isso, todo o debate possível de ser feito à volta do empreendedorismo em Angola é bem vindo. É interessante porque nos vai poder mostrar o estado do empreendedorismo no país, principalmente em um período de desafio enorme, como a pandemia da Covid-19. O desenvolvimento da actividade empreendedora em Angola assume um papel central, uma vez que este agentes trazem ao seu negócio com um elevado profissionalismo, com grande capacidade de inovação, compectividade, portanto, promovem uma actividade que gere oportunidade de emprego, salientou.

Por sua vez, o director do CEIC-UCAN, Alves da Rocha, reafirmou que um modelo económico sustentável para o desenvolvimento e progresso tem como base a educação e que o empreendedorismo passa também por isso.