O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e o Banco BIC assinaram nesta terça-feira, 16, em Luanda, um Memorando de Entendimento para a criação de condições que viabilizarão a Concessão Automática de Garantias Parciais de Crédito para Micros, Pequenas e Médias Empresas, cooperativas e empreendedores singulares.
Do lado do FGC, assinou o documento o PCA (Presidente do Conselho de Administração), Luzayadio Simba, e o administrador para a Área de Negócios, Eduardo Katalahary Mohamed, enquanto os administradores do BIC Aleixo Santana Afonso e Carlos Rodrigues Campos representaram a instituição bancária.
A parceria pretende encontrar caminhos viáveis para que mais promotores angolanos possam beneficiar de garantias automáticas com uma cobertura do risco de até 80% do financiamento na ordem dos Akz 200 milhões de Kwanzas, podendo, inclusive, chegar aos 85%, em caso de projectos liderados por jovens e mulheres.
Com a medida, o FGC quer, igualmente, cobrir a insuficiência de garantias reais que as MPME’s, cooperativas e empreendedores singulares, fomentar a produção nacional e promover os produtos com selo ‘Feito em Angola’ pela Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis (LAPS), enquadrada no plano de Aceleração do Fomento de Garantias.
A lista de instituições bancárias mobilizadas no âmbito das garantias automáticas inclui, também, o Banco Comercial Angolano (BCA), Caixa Angola (BCGA), Banco Yetu, Banco Millennium Atlântico (BMA) e o Banco Crédito do Sul (BCS).
Carteira de garantias concedidas
O administrador para Área de Negócios do FGC, Eduardo Katalahary Mohamed, disse, recentemente, que o FGC investiu 50 mil milhões Kz na produção de cereais em 102 projectos agrícolas.
Destes, pelo menos 80% do montante das garantias foi destinado a pequenas e médias empresas nacionais, e o restante a cooperativas e micros empresas.
Referiu que, geograficamente, 90% da cifra citada foi aplicada em projectos ligados à produção de cereais nas províncias do Cuanza-Sul, Malanje e Huíla.
Sobre o programa de saneamento da carteira crítica do FGC, o gestor explicou que foi pago aos credores 10 mil milhões Kwanzas.
O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) concede aos programas e projectos apoiados, por acordo com a banca comercial angolana, um período de dois anos de carência para o início dos reembolsos