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Livre comércio em tempos de mudança

Carlos M. Lopes
30/5/2023
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A Zona de Livre Comércio Continental Africana (ZLCCA) é um dos passos mais importantes para garantir ao continente sair da sua dependência de matérias-primas como principal veículo de exportação.

Sem criar as condições que protejam a amplitude do mercado africano, os países do continente continuarão a ver passar de lado as várias fases de industrialização que os posicionaram no estatuto de atrasados.

A ZLCCA foi criada com o objectivo de aumentar o comércio intra-africano e promover a integração económica do continente, reduzindo as barreiras comerciais e promovendo a liberalização do comércio. Embora a ZLCCA tenha o potencial de ser uma ferramenta poderosa para a liberdade económica em África, ela também enfrenta uma série de desafios.

Um dos principais desafios da ZLCCA é a falta de infra-estrutura adequada para apoiar o comércio transfronteiriço. Muitas das estradas e pontes em África estão em más condições, o que torna difícil para os produtores e comerciantes transportarem os seus produtos para outros países. Para além disso, os portos e aeroportos em muitos países africanos estão sobrecarregados e mal administrados, o que pode resultar em atrasos significativos e custos adicionais para os negócios. Outro desafio importante é a diversidade económica do continente africano. Conquanto a ZLCCA tenha por objectivo promover a integração económica em todo o continente, muitos países africanos têm economias muito diferentes, o que pode tornar difícil competir em igualdade de condições. Por exemplo, países com economias mais desenvolvidas e diversificadas, como a África do Sul, podem ter uma vantagem em relação a países com economias menos desenvolvidas, como a República Centro-Africana.

Desafios políticos e sociais

Muitos países africanos enfrentam também desafios políticos e sociais que podem dificultar a implementação da ZLCCA. Por exemplo, muitos têm Governos corruptos ou instáveis, o que pode afectar negativamente o ambiente de negócios e reduzir a confiança dos investidores. Para além disso, muitos países africanos têm tensões sociais que podem dificultar a cooperação e a integração económica.

Leia o artigo completo na edição de Maio, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Free trade in times of change

The African Continental Free Trade Area (AfCFTA) is one of the most important steps to ensure that the continent can move away from its dependence on raw materials as the main vehicle for export and source of public revenue. Without creating the conditions that protect the breadth of the African market, the countries on the continent will continue to see the various phases of industrialization that positioned them in the status of laggards pass them by.

The AfCFTA was created with the aim of increasing intra-African trade and promoting economic integration of the continent, reducing trade barriers and promoting trade liberalization. Although the AfCFTA has the potential to be a powerful tool for economic freedom in Africa, it also faces a series of challenges.

One of the main challenges of the AfCFTA is the lack of adequate infrastructure to support cross-border trade. Many of the roads and bridges in Africa are in poor condition, making it difficult for producers and traders to transport their products to other countries. In addition, ports and airports in many African countries are overloaded and poorly managed, which can result in significant delays and additional costs for businesses. Another important challenge is the economic diversity of the African continent. Although the AfCFTA aims to promote economic integration throughout the continent, many African countries have very different economies, which can make it difficult to compete on equal terms. For example, countries with more developed and diversified economies, such as South Africa, may have an advantage over countries with less developed economies, such as the Central African Republic.

Political and Social Challenges

Many African countries also face political and social challenges that can make it difficult to implement the AfCFTA. For example, many have corrupt or unstable governments, which can negatively affect the business environment and reduce investor confidence. In addition, many African countries have social tensions that can make cooperation and economic integration difficult.

Read the full article in the May issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).