O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou variação de 2,54% de Fevereiro a Março de 2024, significando uma desaceleração de 0,04 pontos percentuais (p.p), a primeira inflação com sentido descendente desde Janeiro de 2023.

De acordo com a Folha de Informação Rápida (FIR) do Instituto Nacional de Estatística (INE), das doze classes de consumo, nove (09) apresentaram taxas superiores à unidade. A classe “Saúde” continua a liderar a lista das que registam maior aumento de preços, com uma variação de 3,11%, seguida pelas classes de “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 3,08%, “Vestuário e calçado” com 2,68% e “Hotéis, cafés e restaurantes” com 2,53% 

As províncias do Moxico com 1,65%,  Bengo 1,80 e Lunda Norte com 1,83% foram as que registaram menor variação nos preços. Contrariamente, Luanda com 3,32%, Huíla com 2,34% e Cabinda com 2,32% continuam entre as províncias que registaram maior variação nos preços.

Em Luanda, por exemplo, o nível geral do IPCN registou uma variação de 3,22% de Fevereiro a Março de 2024, que representa uma desaceleração de 0,24 pontos percentuais ao passo que, em termos homólogos (Março 2023 a Março 2024), regista-se uma aceleração na taxa de variação actual de 2,38 pontos percentuais. 

Na capital do País, a classe “Saúde” foi a que registou o maior aumento de preços com 4,39%. Destacam-se, também, os aumentos dos preços verificados nas classes “Vestuário e calçado” com 3,97%, “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 3,84%, e “Restaurante, hotéis, cafés e similares” com 3,33%. 

A variação homóloga situou-se em 35,74%, registando um acréscimo de 25,60 pontos percentuais em relação a observada em igual período do ano anterior. Segundo o INE, comparando a variação homóloga actual com a registada no mês anterior verifica-se uma aceleração de 3,13 pontos percentuais. 

Em Cabinda, IPCN registou uma variação de 2,32% de Fevereiro a Março de 2024. A classe “Saúde” foi a que registou o maior aumento de preços com 3,05%, seguida pelas classes de “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 2,60%, “Hotéis, cafés e restaurantes” com 2,21%, e “Bens e serviços diversos” com 2,01%.

Segundo o INE, a referida desaceleração do IPCN deveu-se, entre vários factores, à estabilização do mercado cambial, que ocorreu nos primeiros três meses deste ano, além de apontar o facto o “facto da moeda nacional registar uma depreciação acumulada de apenas 0,46% face ao dólar norte-americano, fruto da regularização da oferta de divisas, assim como do aumento da produção interna de bens alimentares, suportado pelas políticas públicas de fomento ao crédito agrícola”.

Com isso, avança o INE, espera-se que, a partir de Julho do corrente ano, a inflação homóloga passe a registar um decréscimo.